Entre vírgulas...

Tenho vindo a dizer que os meus índices de inspiração parvónica estão abaixo da média, por isso, excepcionalmente, hoje decidi tentar deixar a parvoíce de fora! Embora já desconfiasse, uma pesquisa rápida permitiu-me confirmar que, em traços gerais, a vírgula representa a correspondente pausa do discurso oral. Serve para assinalar a presença de orações coordenadas adversativas, conclusivas e justapostas, marcando o deslocamento da ordem natural da frase!

Acontece que, por vezes, o uso da vírgula é de tal modo exagerado que acaba por atrapalhar a compreensão do que é lido. Está-se a ler algo e, de repente, não mais que de repente, não encontramos o fio da meada que deixou de ter sentido... tão infinito é uso da vírgula, por vezes, num só parágrafo! Aquilo que começara por ser um simples aparte, afinal, não o é! Claro que a vírgula é importante, mas é preciso ter noção dos limites e não virgular em demasia... caso contrário, a vírgula só atrapalha... principalmente a quem, como eu, não deve muito à concentração enquanto lê! Senhores "virguladores", se pretendem falar sobre muitas coisas, por favor, não o façam no mesmo texto e, já agora, no mesmo parágrafo!!